Durante a gestação da Sofia, andei escrevendo poesias e enviando aos meus amigos mais próximos, também a outros que recém haviam entrado no meu mundo. Muitos podem ter pensado: Nossa, que pai empolgado.
Acontece que devido ao ritmo de produção dos meus romances publicados, ( terminei o terceiro agora Dez/2014) eu definitivamente não escrevo mais poemas como antes. E como meus livros são feitos para vender, me sinto de férias dos textos feitos para acalentar meus ânimos, sentidos… ou arritmias cardíacas.
Com isto, quero dizer que não estou escrevendo menos para a Catarina do que já fiz para a Sofia, e sim que não escrevo mais… assim para nada, ou para ninguém deste mundo.
Desde que envolvi com poesia, sofro recorrentes questionamentos, como por exemplo: Quem leria minhas estrofes sem regras ou rimas? Ainda quando visito uma livraria, fico imaginando: Quem compra livros de poesias?
Enfim… Entramos nas últimas vinte quatro horas para a Catarina nascer, sendo que para mim já nasceu desde que a magia da fecundação ocorreu. E tenho algo a dizer a você, Catarina.
Minha querida nova filha: Boas Vindas a este mundo, e que de alguma forma… a força esteja com você… Sempre!
Para Saber Mais…
Em parte são minhas ideias relacionados a pessoas muito importantes para mim, ou a coisas que me afetam além do que deveriam. Ou seja, é Intimo e Pessoal. No logo, o olho… e de minha mulher.
Poesia para que? No meu antigo blog, eu gostava de escrever poesias. Davam-me prazer. Na nova fase de MundodeChico.com, eu acredito ter perdido um pouco a mão para escrever sobre minhas paixões e inquietudes particulares. Acho que fiquei comercial, e um tanto quanto preocupado com a audiência formada por gente que entra no blog atrás do que tenho a dizer sobre turismo.
Muita coisa já vem sendo republicado / replicado sem filtros através do que chamo Textos Originais. E agora, creio estar disposto a voltar ainda mais as minhas raízes, me energizando assim com minha contra força motora que me torna ameno perante este mundo deveras selvagem.
Parte deste meu novo projeto, engloba a publicação de um pequeno livro no final de 2016 com o melhor que já escrevi desde os meus onze anos. Todo o material é fruto de quarenta auto publicações pessoais, com mais de cinquenta textos e poemas por volume.
Em parte de uma coluna de Luís Antônio Giron, ele diz que a poesia é a forma pura da improvisação, do dizer o que ainda não foi dito porque realmente não foi dito nem pensado, mas que, ao ser dito, torna-se uma inscrição definitiva. É o homem que se inventa para livrar-se da ideia da finitude. A poesia inscreve o homem na História, esculpe um sentimento, uma sensação, uma cisma que vibra mesmo quando o corpo do poeta não estiver mais aqui.
Vou estar por aqui por muito tempo. Ainda não desisti da Poesia. Acho que ela também não de mim… vamos adiante nos perdendo em versos enquanto o lobo não vem.
