Libertos

5 de julho de 2012

Libertos. Acabou! Agora não existe mais aquela agonia, aquela piada do rival, aquele sentimento louco de conquistar algo que sempre pareceu impossível. O Corinthians é, com todo merecimento, campeão da Libertadores. O Alvinegro, enfim, chegou ao topo da América. Conquistou o título que o seu torcedor mais desejava. Agora não falta mais nada. O corintiano nunca mais vai esquecer a noite de 4 de julho de 2012. Perto do seu 102º aniversário, a galeria de troféus do Parque São Jorge finalmente está completa.

O Corinthians deu o último passo rumo ao paraíso ontem, com uma contundente vitória por 2 a 0 sobre o até então temido Boca Juniors no Pacaembu. A equipe mostrou maturidade, força e, claro, futebol de campeão. Tudo isso sobre os olhares atentos de quase 40 mil fiéis. As primeiras lágrimas começaram a cair antes mesmo de o jogo começar, com a bonita festa que a torcida fez para receber o time na subida ao gramado.

O jogo começou num ritmo muito intenso. E não poderia ser diferente. O Corinthians marcava forte, tentava encurtar os espaços, mas cometia um erro que por pouco não custou caro: Riquelme flutuava com facilidade na frente dos zagueiros. Tinha liberdade demais, sobretudo pelo lado esquerdo da defesa do Corinthians. O meia argentino teve pelo menos duas oportunidades de deixar os atacantes na cara do gol. Sorte do Timão que ele falhou nas duas tentativas.

O problema é que o contra-ataque do Alvinegro não encaixava. O time falhava justamente na hora do último passe. Passada a tensão inicial, a equipe melhorou a partir dos 20 minutos e conseguiu ficar mais tempo no campo de ataque. O Boca respondia na mesma moeda e tocava curto, sem pressa.

O meio de campo corintiano aparecia pouco, Havia um vazio no setor. Alex, por exemplo, quase não pegava na bola. Seu único lance de perigo no primeiro tempo aconteceu aos 39 minutos. Como o goleiro titular, Orion, sentiu uma lesão e havia sido substituído por Sosa aos 32 e o reserva não transmitia muita segurança, Alex resolveu arriscar de longe, mas bateu no meio do gol.

Apoteose. No segundo tempo, o Alvinegro voltou mais “pilhado”. A marcação, que já era pesada, ficou ainda mais intensa. O time passou a pressionar e o Boca, sem espaço, começou a fazer mais faltas. E foi justamente em um lance de bola parada que nasceu o primeiro gol de Emerson. Ele recebeu de Danilo, dominou no peito e fuzilou Sosa. O Pacaembu explodiu quando a bola estufou a rede do gol à frente do tobogã.

Apoiado por milhares de vozes, o time não diminuiu o ritmo. Continuou no encalço dos jogadores do Boca, que teve de se expor mais. Assim, logo depois do gol de Emerson, o Corinthians teve a chance de ampliar, mas Alex acabou exagerando no individualismo e perdeu a bola.

Em fim de temporada (o calendário argentino é igual ao europeu), os jogadores do Boca acusaram o cansaço e passaram a errar passes fáceis. O jogo era do Corinthians, e o segundo gol era só questão de tempo.

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