MaximShow Maximus Festival 2016. O festival que fui atrás do Disturbed e descobri o Rammstein. Eu estive com meu amigo Rogerio que aparece nas fotos, e confesso eu não sabia muita coisa do Rammstein, afinal eu queria mesmo ver o Disturbed. Mas foi engraçado, que durante a minha ida para o show fui escutando e revendo as músicas do Rammstein, e o que eu não me lembrava é que estamos falando de uma banda, que no palco é mais performática que o Kiss.
Enfim, aconteceu no autódromo de Interlagos, em São Paulo no dia 7 de setembro. O festival trouxe ao palco Rammstein, Marilyn Manson, Bullet for my Valentine e outros nomes importantes da cena metal.
A primeira edição do Maximus Festival Brasil foi quase um sucesso total. Em geral, tudo funcionou como esperado nestes festivais de grande porte, exceto por algumas atrações musicais que provaram não ser de interesse do fandom brasileiro.
Mesmo assim, o Maximus Festival se saiu muito bem e espero que comece a escrever mais um capítulo na história dos festivais de metal brasileiro. Infelizmente esse tipo de evento no Brasil ganhou uma reputação não tão respeitosa devido a festivais anteriores que foram um desastre absoluto: Metal Open Air, em São Luís do Maranhão e Zoombie Ritual, em Rio Negrinho.
O festival Maximus é produzido pela Move Concerts, uma grande e experiente empresa de entretenimento. Fato, que provavelmente contribuiu para uma infra-estrutura satisfatória presente em Interlagos. A escolha de realizar um grande evento como este em São Paulo também foi uma decisão estratégica, para facilitar o acesso dos torcedores de todas as regiões brasileiras.
A primeira edição do festival Maximus provou ser radicalmente diferente do Rock in Rio. Sendo totalmente dedicado ao metal e com uma estética inspirada nos grandes festivais de Metal Europeu, contrasta com o Rock in Rio que sempre promoveu uma mistura de ritmos .
O Maximus também se diferencia do outro grande festival de metal brasileiro, o Monsters of Rock. Com o festival recém-nascido já anunciando a data e local da próxima edição, que será menor em São Paulo, Interlagos no dia 20 de maio de 2017.
Estrutura eficiente com apenas algumas lacunas para cobrir no futuro
Para começar a explicar como a Maximus Brazil estava bem organizada, é importante mencionar a boa quantidade de informações sobre a estação de Interlagos e seus arredores. Os locais estavam bem sinalizados e havia funcionários prestando informações na rua ao público que chegava ao festival.
O local do festival era facilmente acessível por carros e táxi, mas o acesso ao transporte público não era tão “fácil”. Dependendo de onde você estava viajando, muitos transfers podem ser necessários para chegar ao local do festival, mas ainda é uma opção barata e eficiente.
Interlagos permitiu que o festival construísse uma área ampla para o evento.
E embora o outro grande festival brasileiro Lollapalooza também aconteça no mesmo local, o Maximus Festival conseguiu ocupar bem menos espaço. A área menor foi planejada para atender perfeitamente as 35.000 pessoas esperadas. Como o número de visitantes foi um pouco menor do que isso, havia muito espaço para passear e chegar facilmente aos palcos.
Com dois palcos principais e um menor, o festival também conseguiu organizar uma programação principalmente não sobreposta, com exceção de “Far from Alaska” e “Shinedown” que tocaram ao mesmo tempo. Mesmo com uma quantidade adequada de pessoal de palco e boa qualidade geral de som e luzes, algumas falhas ocorreram durante o show “Shinedown”. Também pequenos problemas foram detectados durante outros shows, não sendo possível afinar a boa vibração do festival.
O sistema cashless, uma novidade nos festivais brasileiros, parecia funcionar muito bem. Nenhuma experiência ruim a ser notada pelos visitantes do festival. Além de não ser necessário dinheiro na área do festival, faltou a presença de um caixa eletrônico no entorno do festival.
A praça de alimentação e banheiros eram muito aceitáveis. No entanto, como em muitos outros festivais, permanece o desejo de outros banheiros além dos químicos. Apesar de esses banheiros poderem se transformar em uma experiência muito nojenta, como o festival foi bem planejado para a quantidade de visitantes, a área permaneceu bastante limpa até o final. Necessário destacar que isso também é resultado de uma equipe de limpeza dedicada. Outra observação para o fato de que o mercado de metal era muito pequeno e esperamos que mais tendas estejam presentes em edições futuras.
Problemas de escalação: uma necessidade real de ajustes
Os headliners deste primeiro Maximus Festival, um formato de um dia – tanto no Brasil quanto na Argentina, foram Rammstein, Marilyn Manson, Halestorm e Bullet for My Valentine. O line up trouxe também Disturbed, Hellyeah, Shinedown, Hollywood Undead, Black Stone Cherry, Raveneye, Steve’N’Seagulls e as bandas locais Project 46, Woslom, Ego Kill Talent e Far from Alaska.
Quase todas essas bandas são conhecidas por atrair principalmente um público de geração mais jovem, faltando todas as bandas de metal clássico para atrair um público mais maduro. Este último foi parcialmente obtido com grandes nomes como Rammstein e Marilyn Manson, mas certamente não o suficiente para obter, como alegavam os organizadores, o título de “Hellfest sul-americano”. O Hellfest, como é conhecido, constrói a programação com novas, inusitadas e clássicas bandas de metal.
Palco Maximus
13:35-14:05 – Hollywood Undead
14:50-15:30 – Hellyeah
16:20-17:10 – Halestorm
18:20-19:30 – Disturbed
21:00-22:30 – Rammstein
Palco Thunder Dome
12:00-12:30 – Ego Kill Talent
13:00-13:30 – Woslom
14:00-14:30 – Far From Alaska
15:00-15:30 – Project 46
16:00-16:45 – Raven Eye
Palco Rockatansky
13:00-13:30 – Steve N Seagulls
14:10-14:45 – Shinedown
15:35-16:15 – Black Stone Cherry
17:15-18:15 – Bullet For My Valentine
19:35-20:50 – Marilyn Manson