Guns N’ Roses em São Paulo 1992. Neste tempo a internet ainda não existia, e eu não tinha como fazer um relato pós show como de costume faço. Bem… Estamos no ano de 1992, e tenho 21 anos. Uma época, onde shows de rock internacionais eram raros, então esperados com grande ansiedade.
Desde que o Guns ‘N Roses surgiu, e conto isto em outro post, eu nunca aprovei o comportamento meio maluco de Axl Rose, e achava que isto não importava muito, claro… desde que não interferisse além da conta na minha vida. Mas, eu não sabia, isto iria acontecer, quer dizer tudo indicava que algo daria errado.
Começou cedo, com Axl Rose jogando uma cadeira pela janela do quarto do Maksoud Plaza, cotado na época a mais de USD 1.000,00 a noite. Seu alvo eram os jornalistas, avidos por um show fora dos palcos. Parece que conseguiram. Depois… Ahn, depois! Já no show, durante a segunda música, Axl xingou a imprensa, e foi explicando estar com raiva por ter assinado um tal documento atestando um suposto “acidente!”
Só que. Atenção para o detalhe. Não adianta xingar e ninguém entender. Lembro-me que chamou seu tradutor, e os fez falar em português: “Vou limpar/mandar lavar as bostas que usei para pisar neste país!” Que legal! Várias pessoas, inclusive eu, nos viramos de costas para o palco. Você já viu isto na vida?
Sobre interferir na minha vida? Bem… O show prosseguiu, e na hora… bem no meio da “Sweet Child o’ Mine”, o cara me para a música e começa a gritar para um segurança parar de brigar com um dos fãs. Baita frustração, tanta emoção…e não podia dar outra coisa. Alguém inconformado com tanta confusão, jogou uma garrafa de água, lá no show falaram que era outra coisa. A Axl disse que não tocaria mais. Deixou o show, e todos no vazio.
Até hoje, levando-se em consideração o entretenimento em todas as suas formas, nunca alguém me frustrou tanto assim. E por sito tenho um pé atrás com tudo de bom que o Guns ‘n Roses poderia ter trazido a minha juventude, ao meu amor por música e rock.